Criaturas encantadas da família das Caiporas, são as Caboclinhas. Como guardiãs das matas, protegem os animais e só favorecem pobres caçadores quando recebem oferendas. Do contrário, ficam irritadas e se vingam, brincando com eles até que se cansem e voltem para casa de mãos vazias.

Esta figura folclórica é fonte de inspiração e nomeia o grupo que escolheu proteger e difundir a cultura brasileira através do fazer cênico, levando aos palcos adaptações de textos literários nacionais, vidas de escritoras e escritores, a musicalidade brasileira bem como suas histórias. A oferenda, nesse caso, é a troca com o público que, a partir de uma interpretação subjetiva, acaba por se interessar ainda mais pelos assuntos de seu próprio povo. O desejo é que não voltem para casa de mãos vazias, mas repleto.a.e.s de vontade de ler, dançar, contar histórias e conhecer mais sobre si e sobre o mundo.

O núcleo iniciou seus trabalhos no ano de 2007 a partir do encontro entre as atrizes Geni Cavalcante e Luciana Silveira que partilhavam a vontade em comum de contar, dançar e cantar a cultura brasileira. Tempos depois, Aline Anfilo e Giuliana Cerchiari se juntaram à trupe e já faz mais de 10 anos que caminham juntas. Encantadas pela literatura, passaram a adaptar obras marcantes da produção brasileira para o teatro e, também, a contar a história de vida de grandes escritoras e escritores de nosso país.

As contações de histórias são parte do processo criativo dos espetáculos que muitas vezes iniciam de maneira a estabelecer um diálogo mais próximo das atrizes com o público, partindo para a encenação mais aprofundada quando transformadas em peças. Algumas continuam como contações e fazem parte do repertório lírico-musical, assim como os shows, oficinas artísticas e saraus. Essas são produções impulsionadas pela paixão e afinidade com costumes, danças e musicalidades brasileiras e, em sua maioria, são destinadas ao público infantil e infanto-juvenil.

Mas as quatro não fazem tudo sozinhas, o grupo também se caracteriza como coletivo, no qual vários e várias artistas fazem parte: atrizes, atores, músicas, músicos, contadores de histórias, dançarinas, iluminadora.e.s, sonoplastas, diretora.e.s e muito mais, somando às composições colaborativas dos trabalhos.

O grupo já viajou por diversos estados e cidades do Brasil onde teve a oportunidade de apresentar seus espetáculos e conhecer mais sobre os costumes culturais, acumulando experiências e saberes sobre o território nacional. Também cruzou fronteiras e foi até Portugal levando uma temporada itinerante pelo país com o espetáculo Letras Perambulantes, sobre a vida e obra do poeta cearense Patativa do Assaré.

As Integrantes

ALINE ANFILO


Atriz - DRT: 27.196/SP

Atriz, musicista, formada pela Fundação das Artes de São Caetano do Sul. Estreou com o Núcleo Arruaça de Teatro de Rua em 2007 e em 2008 nos espetáculos Marragoni - uma quase ópera brasileira de rua e Como fazer uma canção de sucesso, ambos com direção de Ana Roxo e direção musical de Cristiano Gouveia. Com as Caboclinhas, atuou em "Um Caldeirão de Poemas" e "Contando Causos" e como musicista no show "Arrasta a sandália de dedo que as Caboclinhas vem aí" e como cantora no show Cantando o Brasil. Atua em "Letras Perambulantes", onde também assina a dramaturgia e a trilha sonora em parceria com Zé Modesto, com esse espetáculo recebeu em 2014 o prêmio de Melhor Sonoplastia pelo XXXVII Festival de Teatro de Pindamonhangaba. Na peça "Bem do seu Tamanho", além de atuar também assina a trilha sonora em parceria com a música Tata Fernandes, recebeu indicação ao Prêmio FEMSA Coca-Cola 2013 pela trilha sonora, e os prêmios de melhor trilha sonora pelo Festival de Teatro da Amazônia e melhor Pesquisa Musical pelo FIT Bahia. Faz parte do elenco de "Cora, doce poesia" e assina o texto junto com as outras atrizes da cia. O espetáculo recebeu o prêmio de Melhor Elenco e Prêmio Especial do Júri para Melhor Pesquisa Biográfica no XXXIX Festival de Teatro de Pindamonhangaba . É música stand-in na peça “Aurora e o Tempo” da Cia Temporã, direção de Luciana Viacava e Fernando Escrich. Faz parte da criação e do elenco de "Poema-canção".

GENI CAVALCANTE

Atriz - DRT: 19047

Formou-se em Artes Cênicas em 2001 pela Un. São Judas Tadeu de SP. Fez parte de espetáculos que obtiveram uma excelente avaliação tanto do público como da crítica, como: "A Farsa do Caixeiro Amoroso" com a Companhia Mevitevendo, texto e direção Cleber Laguna; "Almanaque de Araque" com texto de Rogério Toscano e direção Edu Silva; "As Troianas" com direção Sérgio Sálvia Coelho. É membro fundadora do Núcleo Caboclinhas, onde produz e atua desde 2007. Integra como atriz os espetáculos “Letras Perambulantes”, “Bem do seu tamanho”, “Vidma, a menina trança-rimas” e "Cora, doce-poesia". Na televisão atuou em novelas, seriados e programas para o público infantil. Com o Núcleo Caboclinhas, fez parte do elenco do especial da TV Cultura Meninas Trança Rimas, que presta uma homenagem a autora Tatiana Belinky. Recebeu alguns prêmios ao longo de sua trajetória, como Melhor Atriz Coadjuvante no Festival Nacional de Teatro de Guarulhos com No Vale dos Girassóis; Melhor Atriz Coadjuvante no XXXVI Festival Nacional de Teatro de Pindamonhangaba com Almanaque de Araque, e Melhor Atriz no FIT Bahia com Bem do seu Tamanho. No ano de 2015 recebeu a indicação de Melhor Atriz Coadjuvante no conceituado Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem (antigo FEMSA Coca – Cola). Faz parte da criação e do elenco de “Poema-canção”.

GIULIANA CERCHIARI

Atriz - DRT: 34357/SP

Formada pelo Indac em 2010, realiza trabalhos como atriz, música e iluminadora no Núcleo Caboclinhas, Vagalum Tum Tum, As Meninas do Conto, Orquestra Modesta, Trupe Irmãos Atada, Trupe Lona Preta, Drs. da Alegria e Cia. à Vapor. Adentrou ao Núcleo Caboclinhas em 2011 como Iluminadora para o espetáculo “Contando Causos” de Rolando Boldrin e participa como atriz, música e dramaturga em suas montagens infantis: “Bem do Seu Tamanho”, “Letras Perambulantes”, “Vidma, a menina trança-rimas” e “Cora, doce-poesia”, na qual recebeu junto com suas colegas de cena o prêmio Melhor elenco e Melhor pesquisa biográfica no XXXIX FESTE – Festival de teatro de Pindamonhangaba; e também no mais recente show-cênico “Poema-canção”. Atua na peça “O mistério no expresso do oriente”, dirigida e adaptada da obra de Agatha Christie por Maristela Chelala com a Cia. a vapor. Substitui Antônia Matos no espetáculo “Caminho da Roça” dirigido por Eric Nowinski da Cia. As meninas do conto. Participou do workshop de Commedia dell’arte ministrada pela docente e especialista em máscaras e interpretação Débora Serretielo na Casa de Cultura Oswald de Andrade, participou das oficinas “O corpo poético” - máscara neutra e na mímica dramática e “Clown” ministradas por Andreas Simma (discípulo de Lecoq e integrante do Théâthre du Soleil), “A hora do riso” ministrada por Maristela Chelala e cursou as aulas de contato e improvisação ministradas por Erika Moura no Centro de referência da Dança no ano de 2018. Em 2019, parricipou do workshop de Palhaço orientado pela mestra Cida Almeida e “Acrobacia Cômica” ministrado por Erickson Almeida. Assina os desenhos de luz da premiada Cia. Vagalum Tum Tum, Cia. 2Dois, Orquestra Modesta, Trupe Irmãos Atada, Trupe Lona Preta, Cia. Temporã, Cia. de Achadouros, Mumbra Corpo Móvel, Drs. da Alegria e de “Vidma, a menina trança-rimas” e “Letras Perambulantes” do Núcleo Caboclinhas. Cursou “Iniciação à viola caipira” em 2019 e “Intermediário de Viola Caipira” em 2020 ministrados por João Paulo Amaral na EMESP; faz parte do Coro Feminino do Coralusp desde 2018, regido por Paula Monteiro. É também formada no curso de Letras com habilitação em português/francês da Universidade de São Paulo, onde desenvolveu o seu projeto de pesquisa com foco na consciência corporal durante o aprendizado do francês língua estrangeira.

LUCIANA SILVEIRA

Atriz formada pelo INDAC em Artes Cênicas (2001), atuou nos espetáculos “O Caso dos Pirilampinhos” (1995), escrito por Stela Leonardos e dirigido por Toninho Oliveira; “O Assassinato do Anão...” (1997/1998), de Plínio Marcos e dirigido por Marco Antonio Rodrigues, “Ollantaytambo” (1999), escrito e dirigido porMaucir Campanholi, “Macbeth” (2000), também dirigido por Maucir Campanholi. Estagiou com o diretor Marco Antônio Braz (2001) para a montagem do espetáculo “A Menina e o Palhaço”, escrita e dirigida pelo ator Maurício Marques, do Círculo de Comediantes. Fez assistência de direção para os espetáculos: “O Baile”, adaptação de Lígia Botelho do filme de Ettore Scolla para o “Cenário Brasileiro dos anos 50 até os dias atuais”; “A Hora da Estrela” de Clarice Lispector, com alunos da escola de teatro e TV IN- CENA, encenado no TBC. Em 2007 fundou o Núcleo Caboclinhas e desde então integra a companhia como atriz e produtora. Em 2008 se formou como Locutora pelo SENAC – LAPA/SP e desde então vem conquistando o mercado de locução publicitária em campanhas de grandes marcas como: Ultragaz, Mash, Natura, entre outras. Em 2010 integrou como atriz no espetáculo Contando Causos de Rolando Boldrin, com direção da Profa. Ana Wuo, da Unicamp, Desde 2012 atua no espetáculo Letras Perambulantes e no ano de 2014 foi agraciada com o prêmio de melhor atriz no 36º festival de teatro de Pindamonhangaba. Em 2013 estreou o espetáculo Bem do seu tamanho e no FIT Bahia recebeu o prêmio de Melhor atriz coadjuvante pela sua interpretação no espetáculo. Desde 2015 atua no espetáculo Vidma, a menina trança-rimas, no papel título. E atualmente atua no espetáculo “Cora, doce poesia”, que traz a doçura de Cora Coralina aos palcos paulistanos. Desde de 2020 atua como produtora no show cênico da cia intitulado “Poema Canção”.

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